O que é epicondilite lateral ou tendinite do tenista?
A epicondilite lateral ou “tendinite do tenista”é uma das principais causas de dor do cotovelo. O desconforto ocorre na lateral da articulação onde estão localizadas algumas saliências ósseas (epicôndilo lateral). Nesta região também se encontram seis tendões, responsáveis pelas ações de rotação do antebraço e extensão dos punhos e dedos.
Apesar de ser conhecida como “tendinite do tenista”, a doença pode acometer a populacao em geral, principalmente após a quarta ou quinta década da vida.
Quais os sintomas?
- Dor e sensibilidade no cotovelo, na parte mais externa que irradiam para os músculos
- Piora da dor ao fazer movimentos como abrir a porta, pentear o cabelo, escrever ou digitar;
- Redução da força no braço ou no punho, o dificultado segurar objetos.

Quais as causas?
A epicondilite lateral é conhecida como uma enfermidade laboral, ou seja, que acomete trabalhadores de ocupações específicas. Entre as atividades que podem causar a epicondilite lateral estão:
- Práticas esportivas que utilizam tacos e raquetes e que demandam impulso, extensão e rotação do antebraço.
- Trabalhar em carpintaria ou trabalhos semelhantes
- Trabalho com máquinas
- Excesso de digitação
Além disso pessoas sedentárias ou que dormem apertando a mão inconscientemente também tendem a desenvolver a doença. Na maioria dos casos, entretanto, não existe causa identificada.
Epicondilite medial
A epicondilite medial, também chamada de cotovelo do golfista, é um processo inflamatório que ocorre no tendão que liga o punho ao cotovelo. Semelhante a epicondilite lateral, essa lesão é causada por atividades que exigem movimentos repetitivos do punho. Essa disfunção também causa dor, sensação de falta de força e formigamento.
Como é feito o diagnóstico?
A detecção da epicondilite lateral é puramente clínica. Primeiro o especialista irá perguntar sobre suas atividades cotidianas e depois realizará um exame físico para confirmar o loca exato da dor.
Exames complementares poderão ser solicitados caso o médico suspeite de complicações, como o raio-X que mostra se existe uma calcificação.
Tratamentos
Apesar de existirem diversas alternativas terapêuticas, essa condição tende a desaparecer naturalmente em alguns meses, em aproximadamente 70% a 80% dos casos.
O primeiro passo para tratar a lesão é diminuir a dor. Para isso, é necessário evitar os movimentos repetitivos e de sobrecarga. Entre as opções estão a aplicação de gelo no local, medicamentos analgésicos e antiinfflamatórios, além de fisioterapia. Em alguns casos mais graves pode ser recomendado a aplicação de infiltrações para reduzir a dor.
Além das medidas acima, o uso de órteses para o punho e cotovelo podem contribuir para a diminuição da dor
Fisioterapia
O fisioterapeuta também ajuda no controle da dor e da inflamação através de recursos físicos como crioterapia, ultrassom e eletroterapia
Passada a fase de dor aguda, inicia-se a etapa de alongamento e fortalecimento dos tendões e do antebraço de maneira progressiva. Essa fase é fundamental para que não haja uma recidiva da dor.
É importante que o fisioterapeuta oriente o paciente a prevenir futuras lesões e a detectar quando os sintomas aparecerem. Além disso, o profissional deve ensinar o aluno a reduzir as forças de sobrecarga que causaram a lesão e treinar tecnicas de movimentos adequados, principalmente em esportistas.
Terapia por ondas de choque
É um procedimento feito com um aparelho que envia ondas acústicas em uma frequência determinada no local da dor. O efeito que essas ondas produzem no organismo, ajuda a aliviar diversos tipos de inflamações e a estimular a reparação de lesões nos tendões, músculos e ossos.
Cirurgia para epicondilite lateral
Nos casos em que os tratamentos conservadores não funcionam, um procedimento cirúrgico é recomendado. As técnicas utilizadas são a de cirurgia aberta ou artroscópica. E mambas são eficazes e seguras.
Depois de retirada a imobilização, os pacientes devem esperar cerca de três meses para retornar à atividades mais intensas, como a prática esportiva.
Quanto tempo demora a recuperação?
A recuperação de uma crise aguda de epicondilite lateral irá depender do perfil do pacientes. Fatores como idade, estado geral de saúde e se já houveram outros episódios podem influenciar no tempo de recuperação. Segundo a Sociedade Brasileira de reumatologia, em geral, casos leves levam algumas semanas para passar. Por outro lado, quadros de dor intensa demoram mais de dois meses para o restabelecimento total.
Como prevenir a epicondilite lateral?
Alguns cuidados durante a prática de esportes e outras atividades do dia-a-dia podem prevenir o aparecimento da lesão:
- Exercícios de aquecimento antes da prática esportiva
- Alongamento após a prática esportiva
- Postura correta ao digitar, dirigir e outras atividades
- Apoiar do antebraço na mesa de trabalho e usar apoios para teclado e mouse
- Evitar movimentos repetitivos ou esforço em excesso dos membros superiores
- Evitar o sedentarismo
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