O que é Espondilolistese?
É um distúrbio da coluna que ocorre quando uma vértebra desliza para frente ficando sobre o osso localizado logo abaixo. Sua incidência é maior na região lombar, parte inferior da coluna, responsável por suportar os efeitos mecânicos da sobrecarga. Por esse motivo, a prática de esportes que exercem pressão sobre a área inferior das costas como o futebol, a ginástica e o atletismo, aumentam a incidência da doença que chega a ser de 40% nesses grupos. A predisposição genética também pode aumentar o risco nesses indivíduos.
Quais os sintomas da espondilolistese?
Pacientes com espondilolistese podem apresentar dores nas costas, desvios posturais, dores decorrentes de compressão do nervo, como dor no trajeto do nervo ciático, sensação de choque, perda de força e formigamento.
Os sintomas variam de acordo com o grau de escorregamento da vértebra , auxiliando o médico especialista e classificar a doença e escolher o melhor tratamento para cada caso. Espondilostese grau 1, por exemplo, possui escorregamento de até 25%, grau 2 até 50%, e assim por diante. Os casos mais graves chegam até 100%, que é o escorregamento completo ou “ptose vertebral”.

Principais causas e tipos de espondilolistese
Entenda a seguir os tipos e causas da espondilolistese:
- Tipo 1 – displásica
Um defeito congênito acarreta na redução da resistência da articulação, facilitando o escorregamento da vértebra. Esses casos são mais comuns em crianças.
- Tipo 2 – Istmica ou lítica
Nesses casos a lesão existe, mas ainda não houve um escorregamento da vértebra. Esse quadro é chamado de espondilólise. Muitos pacientes desenvolvem a lesão na infância mas os sintomas do deslocamento de vértebra só surgem anos mais tarde, depois de algum trauma ou esforço físico.
- Tipo 3 – Degenerativa
O desgaste progressivo causa um afrouxamento das articulações entre as vertebras da região lombar. Ocorre frequentemente em adultos a partir dos 50 anos. Sua incidência também é mais comum em mulheres, numa proporção de 3 para 1.
- Tipo 4 – Traumática
Causado por fraturas ou traumas locais. Pode ocorrer em qualquer idade.
- Tipo 5 – Patológica
O osso desses pacientes é mais frágil por consequência de doenças como tumores, infecções ou doenças osteometabólicas.
As causas e tipos de espondilolistese mais comuns são as displásicas, ístmica e degenerativa, que é decorrente do desgaste da idade. As menos observadas são as causas secundarias, devido a doenças tumorais, traumáticas ou após procedimento cirúrgico.
Diagnóstico
O diagnóstico pode der feito através do histórico e da avaliação clínica e neurológica do paciente. Se ele apresentar sintomas como dor lombar crônica, dificuldade para se movimentar para frente e para baixo e fraqueza nos membros inferiores, o médico irá solicitar um raio-X para confirmar o diagnóstico. Como complemento o especialista poderá solicitar exames mais detalhados de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Quais os tratamentos?
Nos casos leves e assintomáticos não é necessário tratamento específico, somente evitar sobrepeso e sedentarismo para que a doença não evolua.
Em pacientes que já apresentam sintomas é necessário passar por uma reabilitação com foco no fortalecimento muscular e estabilização da coluna que pode ser feito através da fisioterapia. Se o paciente estiver passando por dor intensa, é preciso primeiro o uso de analgésicos e antiinflamatórios até que a fase aguda passe para então iniciar o tratamento fisioterapêutico. Em alguns casos pode ser recomendado o uso de coletes, além da restrição de esportes e atividades que podem causar impacto na coluna.
A cirurgia só é recomendada quando o tratamento conservador com fisioterapia não produz resultados. As situações em que ocorre uma compressão de raízes nervosas também podem necessitar de procedimento cirúrgico.
O tratamento cirúrgico é feito através do reposicionamento da vértebra e da descompressão das raízes nervosas. A fixação do osso costuma ser feita com a colocação de hastes e parafusos de titânio, utilizando uma técnica minimamente invasiva, com poucos riscos e com resultados bastante satisfatórios.
Prevenção
A prática de atividades físicas sob orientação profissional e sem excessos que sobrecarreguem as articulações e a coluna são recomendadas. Principalmente atividades que tem como foco o fortalecimento do “core”, conjunto dos músculos abdominais. Esse grupo muscular é considerado um centro de força do corpo, funcionando como uma estrutura de suporte, responsável pela sustentação da coluna e orgãos internos. Ao fortalecer essa musculatura ocorre uma estabilização da coluna e um realinhamento postural.
Entre as modalidades que fortalecem a região do core estão o Pilates, o treinamento funcional , a natação e até a musculação convencional.
O profissional que trata casos de espondilolistese são ortopedistas especialistas em coluna com o acompanhamento de fisioterapeutas que farão o tratamento de reabilitação. No Instituto Liv você encontra uma equipe de ortopedistas especializados em coluna juntamente com uma estrutura pronta para a reabilitação com fisioterapeutas altamente capacitados. Temos ainda aula de Pilates, treinamento funcional, nutricionista e acupunturista para um tratamento completo em um único endereço! Cuida da sua saúde no Liv!