O que é luxação no ombro?
Luxação no ombro ou ombro deslocado é uma lesão que ocorre quando a extremidade superior do osso do braço, o úmero, perde conexão com a porção da escápula, osso que compõe a região do tronco, também chamada de glenóide escapular ou articulação glenoumeral.
Tipos de luxação no ombro
A lesão pode ocorrer das seguintes maneiras:
- Luxação anterior: quando o osso se desloca para frente
- Luxação posterior: quando o osso se desloca para trás
- Luxação superior: quando o osso se desloca para cima
- Luxação inferior: quando o osso se desloca para baixo
Além da articulação glenoumeral, onde a luxação é mais comum, existem outras duas articulações que compõe o ombro que também podem sobre traumas. São eles: a luxação da acromioclavicular e a luxação esternoclavicular.
A luxação ainda pode ser classificada pela gravidade e grau de instabilidade:
Luxação do ombro grau I – quando ocorre uma distenção dos ligamentos
Luxação do ombro grau II – quando ocorre um rompimento parcial
Luxação do ombro grau III – quando o rompimento é completo
O que causa luxação no ombro?
Na maioria dos casos, a luxação ocorre em decorrência de episódios traumáticos, que forçam a articulação a fazer movimentos de tração ou rotação externa.
As situações mais comuns são:
Prática esportiva: esportes de contato e com alto impacto como o futebol, o basquetel e o handebol e atividades físicas de levantamento de peso e musculação.
Quedas: quedas que impactam a região do ombro podem causar a luxação
Acidentes de trânsito: acidentes de alto impacto podem afetar a articulação do ombro.
Quais os principais sintomas?
Assim que ocorre a lesão, o paciente sente dor intensa e perda da funcionalidade da articulação. Também é comum que o contorno da região fique arredondado devido ao edema (inchaço).
É importante procurar atendimento médico assim que o trauma acontecer. Um especialista irá avaliar se houveram, além da lesão articular, lesões vasculares ou neurológicas. O diagnóstico é feito através de exame clínico.
Qual o tratamento para luxação no ombro?
Imediatamente após o diagnóstico da lesão, o médico irá fazer uma manobra chamada “redução do ombro”com o intuito de colocar o osso no lugar correto. Depois disso o paciente é imobilizado com uma tipóia ou banda toráxica que deve ser utilizada inclusive durante a noite. Exames como o Raio-X e a ressonância magnética são realizados afim de verificar se o osso está bem encaixado e se não existem lesões associadas.
O tempo de imobilização varia de paciente para paciente e depende de fatores como estado de saúde do paciente, idade e presença de outras lesões.
Durante o período de repouso, medicamentos antiinflamatórios e analgésicos são administrados para diminuir a dor e o inchaço. Compressas de gelo são recomendadas nos primeiros dias para auxiliar na diminuição desses sintomas.
Após o tempo de imobilização, que dura por volta de três a quatro semanas, iniciam-se as sessões de fisioterapia. São passados exercícios com o objetivo de fortalecer a musculatura e melhorar a mobilidade da articulação.
Alguns pacientes, mais resistentes ao tratamento, podem desenvolver uma rigidez acentuada na articulação, também chamada de capsulite adesiva, sendo necessário partir para tratamentos de infiltração de corticosteroides e medicamentos anestésicos.
Qual o tempo de recuperação?
Para os pacientes que fizeram o tratamento conservador, ou seja, não cirúrgico, o tempo de recuperação varia entre seis a doze semanas. No entanto, fatores como a idade, lesões associadas e estado clínico devem ser levados em consideração.
Tratamento cirúrgico
O procedimento cirúrgico é indicado para os casos de recidivantes ou quando a manobra de redução não pode ser feita. A artroscopia, técnica minimamente invasiva, muito segura e eficaz, é a mais indicada para os casos de luxação no ombro.
Qual o tempo de recuperação pós-operatório?
Nos casos cirúrgicos, a recuperação consiste em um mês de repouso e mais quatro a seis meses de reabilitação fisioterapêutica para retornar a prática esportiva.
No entato, deve-se levar em consideração alguns fatores como:
- Idade do paciente
- Se existem lesões associadas
- Quantos episódios de luxação o paciente já teve
- Quadro clínico do paciente
Prevenção
Para prevenir esse tipo de lesão, o atleta deve fazer exercícios específicos de fortalecimento e exercícios de propiocepção. É importante que o indivíduo tenha consciência das posições que favorecem esse tipo de trauma e evitá-las.
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